sexta-feira, 20 de abril de 2012

Exercício: Ciência da Informação e Documentos Imagéticos

Caros frequentadores,

O nosso outro post do dia, é relacionado a um exercício postado no blog do prof. dr. André (link do post: http://diplomaticaetipologia.blogspot.com.br/2012/04/ciencia-da-informacao-e-documentos.html#comment-form) aproveitem e bom fim de semana a todos.


Exercício: Ciência da Informação e
Documentos Imagéticos

        Os documentos imagéticos, constituem um desafio para a Ciência da Informação e em particular para a Arquivologia, visto que nunca houve uma preocupação anterior em relação a tal tipo documental.O prof. dr. André Lopez em seu texto “Contextualización Archivística de Documentos Fotográficos” nos diz que o próprio termo Imagético, é um neologismo ainda não reconhecido em nenhum dicionário da língua portuguesa ou casteliana. Por tanto não é de se estranhar que já neste primeiro momento podemos concluir de forma inteligível que os documentos imagéticos ainda não disponham de qualquer método eficaz de organização, tão pouco tem algum reconhecimento seguro em relação ao que de fato são e representam.
            Um documento imagético, pode ser considerado um documento rico em informações, porque nele é possível registrar grande quantidade de informação de uma única vez de uma forma bem fiél ao original, e com uma riqueza de detalhes explêndida. Contudo, ele não nos apresenta a peça mais importante desse quebra cabeça que é a organização de acervos e coleções a Luz da Ciência da Informação, que é a razão pela qual ele foi criado.
            Acreditamos que seja por isso que como mencionado acima, seja tão complicado trabalhar com tal espécie documental pois ele embora possa ter valor comprobatório, sentimental e etc… ele não é capaz de nos dizer o porque foi produzido, nos obrigando a pesquisar sua origem levantando hipóteses ou quando possível, conversando com os envolvidos naquela fotografia (seja o fotógrafo ou os que pousaram para a foto).
            Trabalhar com uma documentação que não nos traz a mais crucial das informações necessárias é muito mais complexo do que se de fato imagina. O grupo da Pós Graduação, nos mostrou de forma plausível os desafios de se trabalhar com fotografias e como a Ciência da Informação tem buscado uma desenvolver uma metodologia para tal fim.
            No referido encontro, tivemos a oportunidade de observer um trabalho (exemplo) de identificação de fotos da Seleção Brasileira de Futibol, nela pudemos observer vários elementos interessantes sobre a época em que as fotos foram tiradas, contudo não tinhamos como saber porque elas foram tiradas. Foi necessário recorrer a uma pesquisa para entender o objetivo daquela fotografia. Atráves da observação de detalhes na imagem (como a bola utilizada, modelo da camisa, posição dos jogadores) que foi possível colher dados a serem pesquisados, visando entender do se trata aquela imagem. Após análise pudemos concluir que eram fotos das Seleções que jogarem os mundiais da Fifa de 1970 e 1974, respectivamente. Informação extremamente relevante, visto que sem ela, tais fotos poderiam acabar parando for a do seu devido lugar dentro de qualquer fundo de arquivo, o que acarretaria em prejuízos danosos para a Instituição e seu Arquivo, pois ele não se mostraria capaz de recuperar a informação quando ela fosse solicitada, chegando até a ser um crime contra a humanidade, não permitindo que os povos tenham o direito de preserver suas memórias.
            Ainda neste momento, pudemos conhecer uma outra abordagem que estava ligada a questão da compreensão da imagem, como cada sociedade reage diante de uma mesma imagem. Não pretendemos nos aprofundar nessa discursão porque ela é um tanto prolixa, cremos que o resultado é mais importante. Pudemos notar com clareza que há uma diferença grotesca entre a forma como cada sociedade interpreta uma imagem e essa interpretação é fundamental para avaliar uma fotografia, gravura… principalmente quando o nosso objetivo é arquivar a mesma. Ler uma foto e a compreender é algo que vai muito além de simplesmente observer a foto, é preciso compreende-lá, preciso entender ela, para depois descobrir a razão dela ter sido criada e ai sim, ela poder se integrada ao conjunto documental que ela de fato faz parte.
            Bom, visando tudo que foi exposto acima, acreditamos que essas preocupações recorrentes da Ciência da Informação em relação a esse tipo de documento, é a Luz da Ciência da Informação, que enfim se mostra preocupada em lidar com tal situação. Não podemos dizer, tão pouco afirmar que já existe um método, até porque estariamos contando uma mentira. Tratar dessa documentação é antes de qualquer coisa, discutir ela em todo seu contexto, claro que existem ações a serem aplicadas para prevenir problemas, mas eles estão ligados a Conversão e Restauro e não ao que nos interessa aqui. Neste contexto nos cabe discutir a fotografia para apartir disto podermos ter ferramentas para trabalhar com elas.

Um comentário:

  1. Galera, ficou excelente! O conteúdo ficou bacana e bem explícito!
    Dou a dica para vocês colocarem uma imagem para ficar mais ilustrativo, ok?
    Parabéns!

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