O nosso outro post do dia, é relacionado a um exercício postado no blog do prof. dr. André (link do post: http://diplomaticaetipologia.blogspot.com.br/2012/04/ciencia-da-informacao-e-documentos.html#comment-form) aproveitem e bom fim de semana a todos.
Exercício: Ciência da
Informação e
Documentos Imagéticos
Os documentos imagéticos,
constituem um desafio para a Ciência da Informação e em particular para a
Arquivologia, visto que nunca houve uma preocupação anterior em relação a tal
tipo documental.O prof. dr. André Lopez em seu texto “Contextualización
Archivística de Documentos Fotográficos” nos diz que o próprio termo Imagético,
é um neologismo ainda não reconhecido em nenhum dicionário da língua portuguesa
ou casteliana. Por tanto não é de se estranhar que já neste primeiro momento
podemos concluir de forma inteligível que os documentos imagéticos ainda não
disponham de qualquer método eficaz de organização, tão pouco tem algum
reconhecimento seguro em relação ao que de fato são e representam.
Um documento imagético, pode ser
considerado um documento rico em informações, porque nele é possível registrar
grande quantidade de informação de uma única vez de uma forma bem fiél ao
original, e com uma riqueza de detalhes explêndida. Contudo, ele não nos
apresenta a peça mais importante desse quebra cabeça que é a organização de
acervos e coleções a Luz da Ciência da Informação, que é a razão pela qual ele
foi criado.
Acreditamos que seja por isso que
como mencionado acima, seja tão complicado trabalhar com tal espécie documental
pois ele embora possa ter valor comprobatório, sentimental e etc… ele não é
capaz de nos dizer o porque foi produzido, nos obrigando a pesquisar sua origem
levantando hipóteses ou quando possível, conversando com os envolvidos naquela
fotografia (seja o fotógrafo ou os que pousaram para a foto).
Trabalhar com uma documentação que
não nos traz a mais crucial das informações necessárias é muito mais complexo
do que se de fato imagina. O grupo da Pós Graduação, nos mostrou de forma plausível
os desafios de se trabalhar com fotografias e como a Ciência da Informação tem
buscado uma desenvolver uma metodologia para tal fim.
No referido encontro, tivemos a
oportunidade de observer um trabalho (exemplo) de identificação de fotos da
Seleção Brasileira de Futibol, nela pudemos observer vários elementos
interessantes sobre a época em que as fotos foram tiradas, contudo não tinhamos
como saber porque elas foram tiradas. Foi necessário recorrer a uma pesquisa
para entender o objetivo daquela fotografia. Atráves da observação de detalhes
na imagem (como a bola utilizada, modelo da camisa, posição dos jogadores) que
foi possível colher dados a serem pesquisados, visando entender do se trata
aquela imagem. Após análise pudemos concluir que eram fotos das Seleções que
jogarem os mundiais da Fifa de 1970 e 1974, respectivamente. Informação
extremamente relevante, visto que sem ela, tais fotos poderiam acabar parando
for a do seu devido lugar dentro de qualquer fundo de arquivo, o que acarretaria
em prejuízos danosos para a Instituição e seu Arquivo, pois ele não se
mostraria capaz de recuperar a informação quando ela fosse solicitada, chegando
até a ser um crime contra a humanidade, não permitindo que os povos tenham o
direito de preserver suas memórias.
Ainda neste momento, pudemos
conhecer uma outra abordagem que estava ligada a questão da compreensão da
imagem, como cada sociedade reage diante de uma mesma imagem. Não pretendemos nos
aprofundar nessa discursão porque ela é um tanto prolixa, cremos que o
resultado é mais importante. Pudemos notar com clareza que há uma diferença
grotesca entre a forma como cada sociedade interpreta uma imagem e essa
interpretação é fundamental para avaliar uma fotografia, gravura…
principalmente quando o nosso objetivo é arquivar a mesma. Ler uma foto e a
compreender é algo que vai muito além de simplesmente observer a foto, é
preciso compreende-lá, preciso entender ela, para depois descobrir a razão dela
ter sido criada e ai sim, ela poder se integrada ao conjunto documental que ela
de fato faz parte.
Bom, visando tudo que foi exposto
acima, acreditamos que essas preocupações recorrentes da Ciência da Informação
em relação a esse tipo de documento, é a Luz da Ciência da Informação, que
enfim se mostra preocupada em lidar com tal situação. Não podemos dizer, tão
pouco afirmar que já existe um método, até porque estariamos contando uma
mentira. Tratar dessa documentação é antes de qualquer coisa, discutir ela em
todo seu contexto, claro que existem ações a serem aplicadas para prevenir
problemas, mas eles estão ligados a Conversão e Restauro e não ao que nos
interessa aqui. Neste contexto nos cabe discutir a fotografia para apartir
disto podermos ter ferramentas para trabalhar com elas.
Galera, ficou excelente! O conteúdo ficou bacana e bem explícito!
ResponderExcluirDou a dica para vocês colocarem uma imagem para ficar mais ilustrativo, ok?
Parabéns!