imagem retirada de (http://www.passeiweb.com)
O texto
“Passaportes” faz uma relação entre os diversos contextos que passaram um mesmo
documento, no caso em questão, os passaportes. O texto passa por toda
trajetória e diferentes significados que o documento teve ao longo da história
além dos aspectos legais que o moldaram. E trazendo para a realidade do título
eleitoral, que é um documento de caráter probatório que comprova a inscrição na
Justiça Eleitoral pra exercer o direito de votar e ser votado, as mudanças
também ocorrem, principalmente nos caracteres externos ( conteúdo das
informações dispostas do documento).
O título
eleitoral foi criado a mais de 100 anos pelo decreto 3.029 e trazia informações
como a renda, pois naquele período só votava quem tinha uma renda de pelo menos
200 mil réis por ano. No início da república, com a liberdade de legislação
sobre matéria eleitoral chegaram a existir 3 tipos de títulos de eleitor: um
para eleições Municipais, um para eleições Estaduais e um para eleições
Federais. Com a unificação do título em 1932 surgem novas modificações físicas
como a impressão digital, a utilização de foto, e principalmente a inserção do
voto feminino. Com o golpe do Estado Novo em novembro de 37, dado por Getúlio
Vargas o processo eleitoral é interrompido e somente em 45 é realizado um novo
realistamento. O título não trazia fotografia para agilizar o processo de
alistamento eleitoral. Em 1986 surgiu o atual título eleitoral que possui nome
do eleitor, data de nascimento, nº de inscrição, zona, seção, município, data
de emissão, assinatura do Juíz eleitoral, assinatura ou impressão digital do
eleitor.
O título eleitoral tem a função de comprovar
que um cidadão esta inscrito legalmente na Justiça Eleitoral, e pode exercer seu
direito de votar e ser votado, além de ser um documento que assegura um direito.
Sua função administrativa é a de inscrever os cidadãos na Justiça Eleitoral e
dar a eles esse direito legal de exercer o voto. Pois sem esse documento o
direito de votar se torna vedado.
A análise arquivística desse documento depende
do contexto de inserção do mesmo. No caso da função arquivística o título
eleitoral no arquivo no Arquivo do cidadão esse documento servirá para
comprovar a situação legal do cadastro com a justiça eleitora e a capacidade
exercer o voto e ser votado, ou seja, o documento tem valor comprobatório pois
comprova com base legal um direito assegurado e que é obrigatório, o voto. O
título pode assumir, como no caso do título de Getúlio Vargas, em um arquivo
pessoal como parte de uma história política de uma pessoa pública, sendo assim
uma peça relevante para a compreensão de um fundo documental. Do ponto de vista
diplomático o título teve diversas modificações ao longo da história do voto no
país, fazendo uma análise podemos comparar as principais diferenças.
Primeiramente no atual título não existe a necessidade de foto ou impressão
digital (em caso de se tratar de cidadão alfabetizado),não existem os campos
filiação,idade, estado civil, naturalidade e profissão, sendo substituídos
pelos campos nome do eleitor, data de nascimento, nº de inscrição, zona, seção,
município, data de emissão, assinatura do Juíz eleitoral, assinatura ou
impressão digital do eleitor. Os sinais de validação também mudaram, o título
de eleitor atual possui marca d´agua, assinatura do juiz eleitoral, brasão da
república no alto à esquerda.
Características extrínsecas - 1881Classe: textualSuporte: papelFormato: trata-se de um documento em formato de folha avulsa de aspecto particular.Forma: original
Características extrínsecas para 2012Classe: textualSuporte: papel e dimensões de papel especiaisFormato: formato específico (formato de título não mais de folha avulsa)Forma: original.
Referências:
Disponível em: <http://agencia.tse.jus.br> último acesso em 27/04/2012;
Disponível em: <http://www.vianensidades.com> último acesso em 27/04/2012;
GARCÍA RUIPÉREZ, Mariano. Tipología y
séries documentales: cuadros de clasificación, cuestiones metodológicas y
prácticas: Las Palmas de Gran Canaria: Anroart, 2007 (Asarca forma, 2 )
GALENDE DÍAZ, Juan Carlos & GARCÍA
RUIPÉREZ, Mariano. Los pasaportes, pases y otros documentos de control e
identidad personal em España durante La primera mitad Del siglo XIX: estúdio
archivístico y diplomático. Revista Hidalguía. Madrid, n. 1, 2004 p.113-144. n
2, 2004, p.169-208.
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